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Projetos AAMBM

Informações
do Projeto

ARQ:

MARIA BEATRIZ KOTHER

Ano do Projeto:

2012

Data término:

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Restauração do Cemitério Mausoléu da Brigada Militar

A presente proposta deverá contemplar,além dos itens anteriores: Levantamento histórico; Restauração dos túmulos e artefatos funerários existentes; Pesquisa arqueológica da área; Proposta de iluminação; Projeto arquitetônico e paisagístico; Proposta museográfica.
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PROPOSTA PARA REVITALIZAÇÃO DO CEMITÉRIO DA BRIGADA MILITAR

SÍNTESE HISTÓRICA DO CEMITÉRIO DA BRIGADA MILITAR.
No ano de 1914 o Governo do Estado, por ato do Presidente do Estado, Borges de Medeiros, passou à Brigada Militar parte do Cemitério do Bairro Tristeza, localizado na Rua Liberal, nº 19, para sepultamento dos componentes das diversas Unidades da Corporação, que morreram em combate e por consequência de ferimentos nas campanhas em que o Rio Grande do Sul se viu envolvido.
Até a década de 60, do Século passado, foram lá sepultados oficiais, praças e seus familiares.
Há no centro do Cemitério um Monumento, erigido em 1928 e inaugurado em dois de novembro daquele ano, ali, em 18 de novembro de 2006 foi colocada uma placa em homenagem ao Padre João Petters primeiro Capelão da Brigada Militar, pela Legião Altiva da Brigada e no muro ao fundo do terreno há uma pedra de granito polido, nas dimensões de seis metros quadrados, homenageando os tombados no cumprimento do dever, inaugurada em novembro de 1987, por ocasião do Sesquicentenário da Brigada Militar.

A Associação Amigos do Museu da Brigada, está empenhada em conseguir recursos para a restauração daquele campo santo, cujo projeto foi elaborado pela Arquiteta Kotler, em 2012.

Desta data em diante, por diversas ocasiões os colaboradores da AAMBM e componentes da Legião Altiva, em ação voluntária desenvolveram atividades de limpeza e conservação do Cemitério, tendo sido recolhidas para depósito no Centro de Intendência todas as lápides dos nichos, em razão de estarem caídas e quebradas, para futura reparação.

Jeronimo Braga, Cel Ref – Presidente da AAMBM.

MAUSOLÉU do Coronel AFONSO EMÍLIO MASSOT.

Sinopse.

1.   HISTÓRICO.

Neste ano de 2025, se completam 150 de nascimento e 100 anos de falecimento do Patrono da Brigada Militar, Coronel Afonso Emílio Massot e a Associação Amigos do Museu da Brigada Militar, desenvolveu projeto para a restauração do Mausoléu, erigido no Cemitério da Santa Casa em Porto Alegre. O projeto dividido em duas partes, com uma campanha para angariar recursos financeiros e a restauração propriamente dita, tendo a campanha para a busca de recursos, desenvolvida em 2024 até abril de 2025. Tais recursos foram obtidos notadamente pelas contribuições da ASOFBM, IBCM e dos oficiais dos Grupos Papo Roxo e Golfinho, além de diversas pessoas de nossa sociedade.

Em maio deste ano de 2025, foram iniciados os trabalhos de restauração pela empresa Bello Mármore e Granitos Ltda, sendo encerrados no mês de julho.

Distinguimos a notável colaboração do Tenente RR João Carlos Ferreira, ID da Brigada Militar nº 2199041, responsável voluntário que como Artista Plástico, refez todos os ornamentos do Mausoléu, dos loros e palmas até o quepe e espada que haviam sido furtados.

O Setor de Patrimônio Histórico da Santa Casa, em colaboração, colocou câmera de vigilância no setor.

 

2.   O MAUSOLÉU:

Mandado erigir pela Brigada Militar, no Comando do Cel Ângelo de Melo, foi construído pelo escultor José Gaudenzi, tendo a obra sido iniciada ao fim de 1926 e inaugurado em 21 de outubro de 1927.

Gaudenzi já havia executado trabalho para a Brigada Militar, junto com o arquiteto Adloff, executando a ornamentação do Quartel General, partindo daí sua observação da Brigada Militar, que interpretou em seu projeto do mausoléu.

O mausoléu foi concebido para que a sua estrutura, sólida e seca, mais larga do que alta, feito de pesados blocos de azul polido se sobressaísse sobre a ornamentação, que é constituída de medalhão do Coronel, ladeado por uma faixa de louro e outra de carvalho e de uma estátua de mulher que simboliza a saudade, depositando flores, um galho de palma, sobre as insígnias do homenageado. Os signos da firmeza e do despojamento completam-se no medalhão do Coronel onde Gaudenzi reafirmou sua apurada técnica de plasmar nas figuras marciais aquela adequada expressão de energia e autoridade. Ele fez isso através da intensidade do olhar e de uma bem estudada contração dos músculos da face.

Contrapondo-se à enérgica firmeza da efígie, a figura da saudade, de pálpebras caídas, genuflexa, levemente curvada, é de uma possante e esmorecida serenidade, pois no jeito de ser da Corporação uma saudade espalhafatosa não cairia bem. Tinha que ser assim, resignada como uma mulher espartana diante da morte dos seus heróis.

Mais forte que as figuras ornamentais, entretanto, é a estrutura de granito do mausoléu que nos passa a ideia de firmeza e despojamento.

 

3.   O MAUSOLÉU RESTAURADO.

 

 

Os pequenos espaços para a colocação de flores, serão ajustados no início de outubro.

  1. FONTE:

MARIANTE, Hélio Moro. Crônica da Brigada Militar Gaúcha. Imprensa Oficial/RS, 1972.

SIMÕES, Moacir Almeida. Brigada Militar. Aspectos da Origem e Evolução. Polost&Apesp, 2006.

SIMÕES, Moacir Almeida. Brigada Militar. Trajetória Histórica e Evolução na Constituição. Edipucrs, 2014.

KARNIKOWSKI, Romeu Machado, Brigada Militar, Exército Estadual, Policialização e Polícia Militar, Esbm, 2022.

Natália, Cecília Rebelo, Fontes de Informação na Representação do Imaginário Social – O caso do Cemitério da Santa Casa. Universidade Federal do rio Grande do Sul, Curso de Biblioteconomia. TCC, 2012.